O ciclone extratropical que atingiu o estado na última semana causou danos significativos na área urbana e rural em várias cidades da Região Carbonífera e do Extremo Sul. Entre as plantações, a mais prejudicada, mas ainda sem levantamento concluído quanto ao prejuízo, é a de banana. Neste contexto, um dos municípios mais afetados foi Jacinto Machado que segundo a Engenheira Agrônoma da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Denise Saori, teve 40% do plantio atingido.
“Aqui em Jacinto machado tivemos cerca de 40% de bananais atingidos com maior severidade. Nestes, os agricultores perderam mais da metade da produção anual e vão levar aproximadamente 12 meses para s recuperação”, avaliou, esclarecendo que neste ano ainda não houve comunicado sobre apoio emergencial do governo. “Em eventos anteriores o governo do estado disponibilizou recursos para a aquisição de materiais necessários à recuperação dos bananais, mas neste ano ainda temos informações sobre isso”.
Quanto ao apoio prestado pela Epagri, Denise explica que o órgão está colaborando através do levantamento e encaminhamento de informações sobre as perdas para a secretaria de agricultura, assistência técnica e capacitação dos agricultores. “Inclusive sobre quebra ventos. A Epagri realiza também, quando solicitado, a perícia para comprovação de perdas quando os agricultores acionam o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). Neste caso, os que haviam contratado e tiveram mais de 30% de perdas, já fizeram esse acionamento”, concluiu.
O presidente da Associação dos Bananicultores do Extremo Sul Catarinense (Abaesc), Murilo Pagani, confirma danos também nos bananais em Santa Rosa do Sul e em Sombrio, mas comenta que o levantamento mais apurado será feito nesta semana durante reuniões com os grupos. “Na quarta e quinta-feira vou me reunir com os grupos de três municípios: Santa Rosa do Sul, Sombrio e Jacinto machado para realizar esse levantamento. Depois disso teremos poderemos fazer uma avaliação mais precisa”. Luiz Niquele, presidente da Associação dos Bananicultores de Criciúma revela que na cidade os estragos foram quase zero.
Levantamento regional ainda em andamento
Já o Gerente Regional da Epagri, gestor dos municípios que foram a Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) e a Associação dos Municípios do Extremo Sul (Amesc), Edson Borba Teixeira diz que em ambas as regiões o cultivo da banana foi o mais prejudica devido às áreas de plantio estarem concentradas nas regiões de encostas, nas quais os ventos são mais fortes. “Inclusive já há registro de produtores informando as perdas e solicitando vistoria nas lavouras para poderem acionar o seguro”. Edson também revela que a verificação quanto aos prejuízos segue em andamento.
Texto e reportagem: Alexandra Cavaler, Tribuna de Notícias
